Política

MAS quer ser a "esquerda insubmissa e que não se cala" no Parlamento

Rui Tukayana / TSF

O Movimento Alternativa Socialista estreia-se este ano em eleições legislativas. Fundado por antigos membros do Bloco de Esquerda, o partido propõe a nacionalização de empresas como a Galp ou a EDP.

Sabem que perante si têm uma tarefa "extremamente difícil". Mesmo assim, os membros do MAS prometem fazer o melhor possível para eleger um deputado e para demonstrar aos portugueses que "é possível construir um país decente e que sirva a maioria da população e não os interesses de uma pequena minoria".

Vasco Santos é o cabeça de lista pelo distrito de Braga, e foi o candidato do partido às europeias de Maio. É também membro da comissão política de um partido que apresenta o combate às alterações climáticas como uma das suas bandeiras. À TSF conta que o MAS é contra a exploração do lítio e afirma que a Galp e a EDP deviam ser nacionalizadas. O Ainda a bem do ambiente, o Movimento Alternativa Socialista defende que os combustíveis fósseis não devem ser explorados.

Outra causa do partido está relacionada com os direitos das mulheres e a violência de género. Vasco Santos quer que os tribunais deixem de ser "um campo de férias para os agressores e campos de concentração para as vítimas". O MAs quer ver os tribunais a impor "penas pesadas e efectivas para os agressores".

Reformas mais elevadas, o salário mínimo fixado nos 900 euros, o fim das parcerias publico-privadas e os direitos de minorias são algumas das preocupações deste partido que se coloca à esquerda do Bloco de Esquerda e do PCP. Vasco Santos remata a conversa sublinhando que "é preciso uma política diferente daquela que temos tido até hoje". Para este dirigente do MAS, "mesmo as vozes de esquerda que temos tido no Parlamento, a verdade é que se queixam o ano todo de um orçamento e das medioda que foram aprovando ao longo do ano. Assim não pode ser".