Catarina Martins disse que o objetivo do Bloco é voltar aos 6%".
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, defendeu esta quinta-feira que "nos impostos também se faz justiça", motivo pelo qual o BE quer baixar aqueles "que mais dizem a toda a gente", ou seja, descer o IVA da energia para os 6%.
Numa paragem já obrigatória da caravana do BE em período eleitoral, Catarina Martins focou-se no dossiê da energia, um tema caro ao partido, que nesta legislatura propôs a comissão de inquérito ao pagamento de rendas excessivas neste setor.
"Nos impostos também se faz justiça e se escolhe lados e o BE quer baixar os impostos que mais dizem a toda a gente deste país, baixar o IVA da energia, baixar o IVA da luz", explicou.
O compromisso do partido "é voltar aos 6% como devem estar todos os produtos essenciais".
"Há uma boa razão para fazermos esta proposta. Tenho ouvido muitas vezes a direita dizer que quer baixar impostos e este, este sim, é um imposto que temos de baixar porque os 23% de IVA na fatura da energia são para toda a gente", justificou.
Num comício com um formato que o BE já tinha usado - precisamente na Incrível Almadense, nas eleições europeias de maio - com um pequeno palco, redondo, no meio da assistência, Catarina Martins quis focar-se na "proposta fiscal porque a energia é um bem essencial e não tem sido tratada" como tal.
"E se temos de combater as rendas da energia, também não podemos deixar que continue este regime em que a taxa de IVA da energia é a máxima", condenou, lembrando que o aumento para os 23% foi feito durante o Governo PSD/CDS.
Concretamente sobre as rendas da energia, a líder do BE criticou que "o programa do PS, o mesmo partido que aprovou as conclusões da comissão de inquérito, não tem uma única linha sobre o que vai fazer com estas conclusões".
"A direita diz que está tudo bem, o PS diz que está mal mas não quer fazer nada. No BE assumimos o compromisso: o que a EDP andou a cobrar a mais, tem de devolver aos consumidores deste país", disse, a propósito das rendas da energia.
Catarina Martins começou o seu discurso por dizer "está bonita a festa", lembrando as suas próprias palavras no mesmo comício da corrida eleitoral à Assembleia da República de 2015: "há 4 anos, no comício que aqui tivemos, dizia que nós [BE] apelávamos a todas as pessoas que não se resignam".
O comício terminou, a pedido do fundador Fernando Rosas, com a Internacional cantada em coro e sem acordes de apoio naquela que é a "terra de liberdade", Almada.