Política

"Não andei com o PS ao colo." Jerónimo garante que voto no PCP será respeitado

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Ouvido no Fórum TSF, Jerónimo de Sousa acredita que ainda nada está decidido até dia 6 de outubro, e lembra que nem sempre forma Governo o partido mais votado, como se verificou há quatro anos.

Orgulhoso do trabalho feito nos últimos quatro anos, Jerónimo de Sousa afirma que a CDU esteve à altura do que prometeu e garante que não andou com o Partido Socialista ao colo. Mas o secretário-geral do PCP não acredita que o que aconteceu nas ultimas legislativas volte a repetir-se.

"Nós iremos para o Governo quando o povo português entender e não quando outro partido entender, penso que não é repetível o que aconteceu há quatro anos, mas tudo dependerá da arrumação de forças que se estabelecer na Assembleia da República."

Jerónimo de Sousa garante que quem votar na CDU terá o voto respeitado.

Forma Governo o partido mais votado? "Há quatro anos desmistificaram esse equívoco"

Jerónimo de Sousa acredita que ainda nada está decidido até dia 6 de outubro. "Não há vencedores antecipados."

"As soluções não vão resultar do partido mais votado, mas da arrumação que será feita na Assembleia da República. As eleições há quatro anos desmistificaram esse equívoco."

"Não há vencedores antecipados. Convém lembrar que as soluções políticas vão resultar, não do partido mais votado, mas, se ninguém tiver maioria absoluta, da arrumação das forças na Assembleia da República e das maiorias que se formem para determinar a composição do futuro Governo", reforça o candidato.

O secretário-geral do PCP diz que é prioritário aumentar o salário mínimo, porque há dois milhões de pobres em Portugal. "É preciso uma valorização dos salários, com consequências positivas para a segurança social, porque seriam mais descontos".

A habitação também está na lista de prioridades da CDU. Jerónimo de Sousa afirma que a realidade é marcada pela especulação, e que o Estado tem que intervir. Promete retomar a proposta da regionalização nesta legislatura.

"O primeiro-ministro usa o Presidente da República como escudo de proteção em relação a uma questão que está na Constituição. Hoje fala-se muito de descentralização, mas isto só é possível com a regionalização".

Jerónimo de Sousa diz que não acredita em sondagens e garante que o PCP não vai morrer.

"Jogada eleitoralista." Rio está a "tentar capitalizar esta situação"

Questionado sobre Tancos, Jerónimo de Sousa recorda que apresentaram uma proposta que daria tempo à investigação e só depois entraria a comissão de inquérito, mas o PCP ficou isolado.

"Situação grave que exige apuramento de responsabilidade." É assim que o secretário-geral da CDU lê os últimos desenvolvimentos do caso Tancos.

"Se se confirmarem as suspeitas sobre o ex-ministro da Defesa, tem um significado."

No entanto, Jerónimo de Sousa quer o apuramento da verdade: se Azeredo Lopes mentiu realmente à comissão de inquérito, "até às últimas consequências".

"Não estamos a falar de bananas, mas de armas. É a defesa do país", mas, acima de tudo "uma questão da justiça", afirma Jerónimo de Sousa.

Rio está a "tentar capitalizar esta situação", e, "à falta de melhor", o líder do PSD usou esta "jogada eleitoralista", acusa.