António Costa falou à TSF e fez um balanço da campanha eleitoral. Fugiu do tema de Tancos, mas sobre o apoio dos pesos-pesados na campanha garantiu que o PS não é só uma pessoa.
A campanha eleitoral está a chegar ao fim e ficou marcada pela pouca presença secretário-geral do PS nas ruas e por poucas ações. Porém, o ritmo foi acelerando à medida que os dias iam passando, nomeadamente na reta final da campanha em que António Costa teve uma agenda mais ocupada.
Num balanço feito à TSF, o líder socialista admitiu que o presidente do PSD teve atitudes que o desiludiram ao longo do período eleitoral."Rui Rio desiludiu muita gente nesta campanha eleitoral, não foi só a mim, que tinha uma opinião diferente e uma imagem diferente dele", referiu o candidato a primeiro-ministro quando questionado se mandou os ataques "rio abaixo", uma expressão que utilizou durante os comícios.
Apesar dos ataques da direita ao PS e a Costa, o secretário-geral conseguiu evitar o tema por diversas vezes, ao contrário do que acontecia nos comícios, em que pesos-pesados do partido estiveram sempre lá para apoiar o líder do PS e fazer ataques e crítica a Rio.
"Os partidos não são uma pessoa só", aponta, esclarecendo que é "o líder do PS, mas [que o partido] é uma grande equipa, que tem uma história muito rica, excelentes vultos e grandes políticos". "É importante que estejam na primeira linha neste momento", reforçou. Para Costa é necessário que os altos cargos do partido apareçam para que haja um julgamento do trabalho feitio e para que "as pessoas avaliem bem" e peçam "responsabilidades" sobre o que foi ou não feito.
O secretário-geral do PS acredita que na próxima legislatura pode ser feito "ainda mais e melhor", o lema dos socialistas para estas eleições, e espera daqui a quatro anos poder "garantir mais crescimento, melhor emprego, reduzir as desigualdades e manter as contas certas".
Apesar de ter colocado sempre Tancos fora da campanha, o assunto tomou conta de grande parte das críticas apontadas ao PS. Depois de há quatro anos ter ligado com a prisão de Sócrates, agora o caso do achamento das armas roubadas em plena campanha. Questionado sobre se acredita em coincidências, Costa 'foge' da pergunta e desvia o assunto.
"Acredito sobretudo que as pessoas estão preocupadas com o que vai acontecer ao seu futuro", referindo que os cidadãos lhe perguntam pelo SNS, pelo sistema de pensões, pela escola pública, pela resposta a uma crise internacional e pela dinâmica de crescimento e criação de emprego.
Quanto a uma possível maioria, o líder do PS admite que não é uma questão que possa decidir, passando a bola para os cidadãos, dando a certeza que o PS "governará com as condições que os portugueses derem no próximo domingo".