Política

Última campanha de Jerónimo? "Um dia a vida o dirá"

Lusa

Num balanço à campanha da CDU, Jerónimo admite que seria uma derrota "a CDU recuar e a direita avançar", recusando que o caso do roubo de armas em Tancos tenha "secado" a campanha.

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) e líder da CDU, Jerónimo de Sousa, assegura que a sua eventual sucessão no congresso nacional marcado para dezembro de 2020 "não está posta" em cima da mesa e que "a vida dirá" se esta terá sido a última campanha eleitoral que liderou.

"A questão do secretário-geral não está posta. Tive e tenho por parte dos meus camaradas e amigos d"Os Verdes, da Coligação Democrática Unitária um apoio, uma atividade, uma ação que admiro profundamente e encontrei sempre um espaço de afirmação, confiança e solidariedade por vezes tocantes. Nós não temos um problema interno, essa questão não está colocada, portanto, um dia a vida o dirá", disse Jerónimo de Sousa, em entrevista à TSF.

À pergunta sobre o que ainda lhe falta dar ao partido, o líder do PCP afirma: "mais anos... mais anos".

Num balanço à campanha da CDU para as Eleições Legislativas de 6 de outubro, Jerónimo admite que seria uma derrota "a CDU recuar e a direita avançar", recusando que o caso do roubo de armas em Tancos tenha "secado" a campanha.

O líder da CDU, que passou toda a campanha a justificar a decisão de ter alinhado com o PS e Bloco de Esquerda numa solução governativa para "derrubar" a direita, disse ainda que não fará conjecturas sobre resultados, fugindo à questão sobre se ficaria aliviado se o Bloco de Esquerda bastasse para assegurar uma solução de Governo. "Não é o Bloco o nosso adversário mas sim a política de direita e as opções que o PS tomar no dia 6 de outubro", rematou.