Sociedade

ARS deteta indícios de irregularidades na clínica que seguiu bebé de Setúbal

Pedro Granadeiro/Global Imagens

Clínica Ecosado aceitava credenciais de exames de utentes encaminhados pelos serviços públicos.

O secretário de Estado da Saúde admitiu que é necessário reforçar a fiscalização das clínicas e unidades de saúde privadas. Em causa estão suspeitas levantadas pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

Luís Pisco afirmou que há indícios de irregularidades na clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal. O presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo revelou que a clínica aceitou uma credencial passada pelo Serviço Nacional de Saúde, apesar de não ter qualquer protocolo com o Estado.

"Essa entidade não tem qualquer convenção com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. O que é certo é que a pessoa fez lá e não pagou, o que indicia que há alguma irregularidade nesta situação, que é o que está a ser investigado neste momento. Já tínhamos aberto um inquérito e, com muita brevidade, obviamente que daremos os resultados desse inquérito", explicou Luís Pisco.

Confrontado com estes indícios de irregularidades, o secretário de Estado da Saúde afirmou que o Governo pediu celeridade no inquérito da ARS de Lisboa e Vale do Tejo e reconheceu que é necessário reforçar a área da fiscalização, não só das convenções. António Sales admitiu que para isso é necessário dotar de mais meios a entidade reguladora da saúde.

TSF com Lusa