Sociedade

Ministra garante que saúde mental é uma prioridade do Governo

A ministra da Saúde, Marta Temido José Sena Goulão, Lusa

A ministra da Saúde frisou ainda o "total alinhamento" do ministério da Saúde "com a necessidade de retirar o peso da prescrição farmacológica para o controlo de problemas de saúde mental", optando por "outro tipo de intervenção".

A ministra da Saúde, Marta Temido, garante que a saúde mental é uma preocupação e uma prioridade para o Governo. A ministra reagiu, esta manhã, a um estudo assinado pelo Conselho Nacional de Saúde, que denuncia a falta de psiquiatras no serviço público e os longos tempos de espera para consultas consideradas muito prioritárias nesta área.

O documento "Sem Mais Tempo a Perder - Saúde Mental em Portugal: um desafio para a próxima década", apresentado esta segunda-feira, pede mais tempo para os médicos e psiquiatras falarem com os doentes em vez de receitarem, com demasiada frequência, medicamentos antidepressivos.

Segundo o Conselho Nacional de Saúde, há uma prevalência de 22,9% de perturbações psiquiátricas estimadas em Portugal (colocando o país num "preocupante segundo lugar", a nível europeu), onde o Plano Nacional de Saúde Mental "ainda não está plenamente implementado" e o sistema de saúde "precisa de solucionar problemas sérios de acessibilidade e de equidade na prestação de cuidados de saúde mental".

Em reação às conclusões do estudo, a ministra da Saúde assegurou, em declarações aos jornalistas, que a saúde mental é uma "preocupação da ação governativa".

Marta Temido garante que esta preocupação está patente em "todos os patamares de intervenção" do sistema de saúde público: "Desde repostas comunitárias, de proximidade, com aquilo que é o reforço da psicologia nos cuidados de saúde primários; num outro extremo, para as situações mais críticas, nas unidades de psiquiatria forense e, também, uma preocupação muito grande com aquilo que é a resposta hospitalar."

A ministra da Saúde frisou ainda o "total alinhamento" do ministério da Saúde "com a necessidade de retirar o peso da prescrição farmacológica para o controlo de problemas de saúde mental", optando por "outro tipo de intervenção".

Para Marta Temido, é importante sublinhar que "a saúde mental é uma parte da saúde global" e que "o combate ao estigma e o tratamento do sofrimento mental" são direitos humanos.