Jorge Roque da Cunha diz que desde sábado não há condições para receber crianças nas urgências pediátricas da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. Administração nega quaisquer constrangimentos.
O Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, está este fim de semana sem urgências pediátricas, denuncia o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Em declarações à TSF, Jorge Roque da Cunha dá conta de vários problemas nas urgências dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, situações que tendem a agravar-se com o aproximar do pico da gripe, previsto para daqui a duas semanas.
Em especial na Área Metropolitana de Lisboa, há hospitais onde "já se acumulam macas", diz Jorge Roque da Cunha. No hospital de Santa Maria, por exemplo, há doentes a ocupar 50 macas nos corredores e os tempos de espera ultrapassam as seis ou dez horas, denuncia.
"Pedimos ao Governo respeito porque este problema vai agravar-se", alerta o secretário-geral do SIM.
Administração nega
Por sua vez, o presidente do conselho de administração Hospital do Litoral Alentejano garante que não há quaisquer "constrangimentos" nas urgências pediátricas do hospital.
Em declarações à TSF, Luís Matias assegura que "houve atendimento de crianças" e fala de uma situação "normal" para a época.
Já o presidente da Federação Nacional Dos Médicos, diz o caso não o surpreende: é uma situação recorrente nesta altura do ano nas urgências de vários hospitais devido aos "baixos salários e baixas condições de trabalho.
Segundo João Proença, o Hospital do Litoral Alentejano tem poucos médicos e "muito pouca gente quer ir trabalhar para lá".
Notícia atualizada às 16h04