O candidato à presidência do partido apresentou a moção em Santa Maria da Feira.
Foi num auditório cheio que Luís Montenegro anunciou que quer reerguer o Partido Social Democrata. Durante a apresentação da moção, o candidato fez várias críticas ao Governo do PS e disse que é preciso que o PSD faça oposição. Para Montenegro, "o PS tem de governar e o PSD tem de fazer oposição. Esse é o primeiro papel que o povo português nos confiou neste momento e nós temos de o exercer". "Não podemos continuar a ter um país que não tenha uma oposição exigente", criticou.
A moção apresentada defende uma baixa de impostos sobre o rendimento do trabalho e das empresas e a diminuição de impostos indiretos. Luís Montenegro revelou ainda que durante a criação da moção aderiu a uma ideia que considera que resume o projeto político: a adesão de Portugal ao índice de Felicidade Interna Bruta. Para o candidato, "a política tem de ser medida pelo bem-estar" das pessoas, e este índice, garante, avalia "as condições que os cidadãos têm para ter acesso à cultura, ao lazer" e ainda "o tempo que dispõem para a família e para as atividades complementares das atividades profissionais". Montenegro defende que só desta forma se saberá se "estamos ou não a gerir a comunidade e a sociedade para fazer as pessoas mais felizes e realizadas".
O candidato do PSD voltou a reforçar que o foco vai estar na oposição e que "não vai dar descanso ao Governo", porque António Costa "vai ter de responder pelo que faz e por aquilo que não faz". No entanto, caso ganhe as eleições o trabalho não se vai "esgotar na oposição", já que Montenegro quer contar "com todos para formar o projeto político que há-de levar o PSD a ganhar novamente uma maioria absoluta".
Ao longo de um discurso de meia hora, o candidato à liderança do PSD propôs ainda a criação de um estatuto dos territórios de baixa densidade para combater o despovoamento das zonas do interior.
As eleições diretas do PSD decorrem a 11 de janeiro. Na corrida à liderança do estão também o atual presidente do PSD, Rui Rio, e o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz.