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Uma "árvore" de natal que virou caso de polícia

AFP

Homem tinha um pé de maconha, e não um pinheiro, enfeitado com luzinhas e bolinhas no quintal de casa. Os agentes descobriram e levaram o dono e a árvore para a esquadra.

Uma mãe divorciada, preocupada porque o ex-marido e a ex-sogra não haviam devolvido a filha na data estabelecida no acordo de guarda partilhada da criança, foi com a polícia às casas de ambos, em Serra, no estado do Espírito Santo, para ver o que se passava.

Mas não, felizmente, não era caso de polícia, apenas um descuido, um atraso normal.

A avó devolveu imediatamente a neta à mãe, tudo na paz do senhor.

Faltavam, no entanto, os pertences da menina que estavam na casa do pai dela, a uns quarteirões dali.

Lá chegados, o pai fez a malinha da filha num instante e entregou à ex-mulher. Mais uma vez, não foi caso de polícia nenhum, tudo na paz do senhor.

Mas o agente William Alcântara é treinado para desconfiar de tudo. E desconfiou do enorme pinheiro de natal do pai - de mais de dois metros - cheio de luzinhas e de outros enfeites.

Num segundo olhar, a revelação: não se tratava de um pinheiro mas sim de um pé de maconha, ou seja marijuana, canábis, disfarçado de árvore de natal.

E o caso, como o uso e plantação da droga leve é proibida no Brasil, afinal tornou-se mesmo de polícia.

O pai e um amigo, que estava no local, foram detidos e a árvore de natal levada para a esquadra. Se bem que à partida não coubesse no porta malas, pois tinha os tais dois metros, o que atrasou a operação e despertou a atenção dos vizinhos, intrigados ao verem uma simpática árvore de natal levada pela polícia.

O pai, dono da árvore, só pediu a gentileza de ficar com as luzinhas e outros enfeites para, jurou, colocar num pinheiro de verdade logo após ser solto.

O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras a crónica Acontece no Brasil