Sociedade

"Mensagem clara de algum desrespeito." TSD pede ao PS para respeitar UGT

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva António Cotrim/Lusa

Trabalhadores Social Democratas manifestam preocupação e lamentam o mal-estar vivido nos últimos dias.

Os Trabalhadores Social Democratas (TSD) pedem aos dirigentes do Partido Socialista para respeitarem a independência da UGT. Em comunicado, os TSD manifestam preocupação e lamentam o mal-estar vivido nos últimos dias, com troca de argumentos na praça pública.

Para o secretário-geral deste organismo do PSD é importante preservar a imagem da central. Em declarações à TSF, Pedro Roque Oliveira ilibou Carlos Silva e apontou o dedo diretamente ao PS.

"É algo sobre o qual achamos que deveríamos tomar uma posição no sentido de dizer que os partidos políticos se devem abster de interferir no funcionamento do movimento sindical e respeitar a independência dos sindicatos e, neste caso, da UGT", explicou Pedro Roque Oliveira.

O secretário-geral dos TSD estendeu as críticas ao Governo socialista, que acusou de preterir a UGT a favor da CGTP. Pedro Roque Oliveira compreende esta tendência, que começou em 2015 com o primeiro Executivo de António Costa, como uma manobra política.

"Parece ter sido preterida pela própria CGTP a nível da negociação. Hoje, o facto de a CGTP ter sido recebida e a UGT não, apesar de a audiência ter sido solicitada, é uma mensagem clara de algum desrespeito pelos dirigentes sindicais da central", afirmou o secretário-geral dos TSD.

O líder dos TSD disse que o desrespeito pela UGT estende-se à concertação social, reiterando que a culpa é do Governo, a quem cabe uma mudança de atitude.

"Ao contrário daquilo que acontecia no passado, seja com o Governo do PSD ou com o do PS, tem sido preterida, ou seja, o seu trabalho não tem sido potenciado. A UGT não é uma central enfraquecida, bem pelo contrário, mas tem sido, de alguma maneira e em determinadas alturas, desrespeitada. Não tenho qualquer dúvida", acrescentou o líder dos TSD.