Política

CDS com "porta sempre aberta" para PSD e disponível para coligações formais

José Coelho/Lusa

CDS garante estar disponível para coligações formais rumo às autárquicas. Depois de um entusiasmado abraço a Rui Rio, Francisco Rodrigues dos Santos nota que a porta do Largo do Caldas está "sempre aberta para o PSD".

Se ainda ontem David Justino mostrou que a relação entre PSD e CDS estava em "fase de renamoro", hoje o CDS veio flirtar ao encerramento do Congresso do PSD. Quer isto dizer que Francisco Rodrigues dos Santos, depois de um entusiasmado abraço de felicitações a Rui Rio, respondeu aos jornalistas sobre a vontade de se associar ao PSD para destronar o PS no número de autarquias em 2021.

Disponível para coligações formais? "Claro que sim", responde o novo líder centrista já de fugida à comunicação social. Antes, fez questão de frisar que a sua direção tem "estabelecido um sistema de cooperação leal, sério e construtivo que possa ajudar a formar uma maioria de centro-direita". A pensar seja nas autárquicas, seja numa "situação de governo alargada em que se consigam iniciar reformas políticas que o país precisa". As reformas que Rui Rio tanto tem enunciado e às quais o CDS se quer associar.

Sublinhando as "palavras simpáticas" de Rui Rio (que no discurso final marcou a presença do CDS com um cumprimento particular), o centrista não vê que seja prejudicial para o seu partido que Rio esteja a colocar o PSD no centro político. "O CDS, embora tenha reparado que o PSD esteja a adotar uma estratégia rigorosamente ao centro, não vê que isso seja prejudicial, na medida em que o CDS e o PSD não são partidos substitutivos mas complementares", nota.

"Sempre afirmei que o CDS tem no PSD o seu parceiro tradicional. Queiramos em conjunto construir esta relação com base numa cooperação institucional baseada num diálogo construtivo, estruturado, leal e de confiança recíproca. Creio que através do discurso de Rui Rio e até dos reptos que foram sendo lançados pelo CDS após o nosso último congresso, estão criadas condições para que seja criada esta plataforma de entendimento", garante o novo presidente do CDS que quer ainda que o PSD se associe a mais uma batalha: contra a eutanásia.