Uma equipa polaca já conseguiu escalar o topo do Everest no inverno, mas só com recurso a oxigénio artificial.
Com temperaturas que podem atingir os 40 graus negativos e ventos superiores a 150 km/ hora, o alpinista espanhol Alex Txikon quer bater um novo recorde e subir o Evereste em pleno inverno e sem a ajuda de oxigénio artificial.
É a terceira vez que o espanhol Alex Txikon, de 39 anos, tenta subir ao ponto mais alto do mundo, em pleno inverno e sem oxigénio artificial. Existe risco de morte, uma vez que o corpo humano não está preparado para subir a sete mil metros de altitude.
O alpinista português João Garcia conhece o alpinista basco e destaca a resiliência e determinação com que assume os desafios. Ouvido pela TSF, João Garcia sublinha que menos de 1% das subidas ao Everest aconteceram sem recurso a oxigénio artificial, a temperatura baixa e os ventos fortes são os maiores obstáculos.
"Estamos a falar de temperaturas abaixo dos 40 graus negativos, qualquer mínimo erro tem consequências muito graves como congelações e morte. Estamos a falar de ventos muito fortes de 150 ou 200 km/hora e com estas condições é muito difícil subir estas montanhas", frisa.
A equipa do basco Alex Txikon, que vai contar com o apoio de cinco sherpas, começou a escalada a 1 de fevereiro, como parte do processo de adaptação logística e fisiológica.
A missão prevê atingir o ponto mais alto do mundo no final do mês, a 29 de fevereiro, mas João Garcia sublinha que só o tempo dirá se a data pode ser cumprida.
Neste momento Alex Txikon encontra-se no acampamento base do Everest e, além dos três elementos da sua equipa, esta segunda-feira, vai poder contar com o apoio de mais quatro alpinistas que vão ajudá-lo a concretizar este sonho.