Alexandra Vieira, diretora técnica do lar de Vila Nova de Famalicão que está a trabalhar sem funcionários, pede apoio para gerir a situação.
A diretora técnica do lar de Vila Nova de Famalicão que está sem funcionários devido ao novo coronavírus pede apoio e testes à Covid-19 para os idosos. Neste momento o trabalho está a ser feito pela proprietária, pela diretora técnica e por uma enfermeira, depois de 18 funcionários terem sido obrigados a deixar de trabalhar por terem dado positivo ou por estarem de quarentena.
Alexandra Vieira conta, em declarações à TSF, que já contactaram a Segurança Social, a delegação de saúde e a GNR. "Não temos mais para quem ligar... só falta o Presidente da República ou o primeiro-ministro", desabafa.
Foi sugerido ao lar que primeiro tentasse novos colaboradores para esta fase, mas Alexandra Vieira diz ser "muito difícil arranjar gente especializada, muito menos nesta fase". "A ideia seria vir para cá uma equipa substituir-nos para nós fazermos o isolamento profilático", acrescentou.
Apesar dos pedidos, os idosos ainda não foram testados à Covid-19 e está a ser difícil mantê-los em isolamento. "Neste momento alguns estão a permanecer nos próprios quartos, a maioria quartos duplos. Está a ser difícil controlá-los, não estão a perceber o que se está a passar. Têm alzheimer, demência, parkinson... ou nos viramos para os alimentar e fazer higiene, ou nos viramos para andar atrás deles", conta a diretora técnica.
Ministra alerta para a necessidade de plano de contingência
Em relação a Vila Nova de Famalicão, realçou que se trata de um "lar privado" onde foram identificados "alguns doentes" com o vírus da Covid-19 e "que estão as ser testados esta manhã".
"Preocupa-nos a circunstância que está a ocorrer concretamente em Famalicão, na medida em que estas instituições, que são instituições privadas ou IPSS, têm de ter um plano contingencia", que "tinham de ter pensado", seguindo informações divulgadas "há bastantes dias, para não dizer semanas", disse Marta Temido, dando como exemplo a necessidade de haver equipas a trabalhar em turnos ou de haver recursos humanos "de segunda linha" preparados para a possibilidade de serem acionados.