Política

Gastos com saúde, lay-off e subsídios de desemprego ascendem a 20 mil milhões este ano

Mário Centeno José Sena Goulão/Lusa

Mário Centeno assegura que os apoios às empresas em lay-off vão chegar "no fim do mês".

Pelas contas de Mário Centeno, cada mês de lay-off que envolva um milhão e meio de trabalhadores vai custar perto de mil milhões de euros, somam-se 500 milhões de euros para o reforço nos gastos da Saúde, e outros 500 milhões para os subsídios de desemprego.

O ministro das Finanças junta ainda o adiamento do pagamento de impostos por parte das empresas que representa entre quatro e cinco mil milhões de euros.

"Estamos a falar de valores que podem exceder os 20 mil milhões de euros ao longo de 2020", disse Mário Centeno na audição na Comissão de Orçamento e Finanças.

Paralelamente, o governante admite que haverá um "orçamento suplementar" dada a dimensão da despesa com a pandemia da Covid-19. Mário Centeno realça que "a despesa é muito concentrada no Serviço Nacional de Saúde e na Segurança Social, as duas áreas do Estado com maior flexibilidade orçamental".

Ainda assim, o ministro das finanças remete a decisão para quando se souber o momento da retoma da economia, de forma a enquadrar os números exatos da crise pandémica.

Perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, onde foi ouvido, Centeno atualizou os dados sobre o número de trabalhadores em lay-off: "Esta manhã, havia um milhão e 18 mil trabalhadores". O governante garantiu ainda que os apoios vão chegar "no fim do mês".

Centeno voltou a referir que o lay-off simplificado, implementado pelo Governo para apoiar as empresas, custa mil milhões de euros por mês.

O parlamento português renovou esta quinta-feira o estado de emergência por mais 15 dias, com António Costa, no final da sessão, a mostrar confiança no caminho traçado. "Esperemos que seja a última renovação necessária", confidenciou.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou 629 mortes devido à Covid-19 em Portugal. Há ainda 750 novos casos de contágio nas últimas 24 horas, elevando para 18841 o número de pessoas infetadas pela doença, segundo o último boletim epidemiológico da DGS.