Política

Menos de um terço dos deputados vão estar na sessão do 25 de Abril

O 25 de abril vai ser assinalado com menos deputados no parlamento Lusa

As regras estipuladas na conferência de líderes indicavam que poderiam estar presentes "um terço dos Deputados em efetividade de funções, representando todas as forças políticas, com o devido distanciamento entre si e um número muito reduzido de convidados".

Vai ser a cerimónia do 25 de Abril menos participada de sempre: o número total de deputados não deve exceder os 65.

O PS que é o partido com o maior número de deputados (108) deverá apenas ser representado por 22. Pelo contrário, o PSD poderá cumprir a quota de um terço, sentando no hemiciclo 27 deputados. Nesse caso seria o partido com maior número de deputados presentes, mas a decisão deve ficar fechada depois da conferência de líderes de amanhã.

O Bloco de Esquerda terá presentes seis deputados, incluindo Catarina Martins, o vice-presidente do Parlamento José Manuel Pureza e o orador escolhido para a sessão solene Moisés Ferreira que elegeu como tema "Defesa e Reforço do SNS".

Já o PCP avança com o Secretário-Geral Jerónimo de Sousa para a intervenção de fundo, enquanto senta na bancada, outros três deputados. Os quatro vão distribuir-se pelas quatro filas que o partido ocupa.

Entre os críticos da cerimónia, o CDS terá apenas um deputado presente e o líder do partido estará, como já anunciou, ausente da cerimónia. Já André Ventura do Chega vai mas em jeito de protesto.

Tanto o PAN como o Iniciativa Liberal defendiam que cada partido deveria estar representado por apenas um deputado e é o que vai acontecer nestas duas bancadas com a líder parlamentar Inês Sousa Real (no PAN) e João Cotrim de Figueiredo do IL.

Os Verdes terão a representá-los o líder da bancada José Luís Ferreira e Joacine Katar Moreira agora deputada não inscrita deverá estar presente na sessão mas sem usar da palavra.

Desta vez, os convidados, num máximo de 40, não estarão sentados, como é habitual, "na meia lua do Hemiciclo" mas sim nas Galerias, "salvaguardando-se as distâncias de segurança", como explicou o Presidente do Parlamento, na última conferência de líderes.

Não estão previstas honras militares, nem cortejos. O próprio figurino será diferente: em vez de começar do partido mais pequeno até à intervenção do Presidente da República, a sessão arranca com o discurso de Ferro Rodrigues, passa pelas intervenções das várias bancadas para fechar, como de costume, com a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa.