Sociedade

Região de Coimbra vai testar 15 mil utentes e cinco mil profissionais

Pedro Correia/Global Imagens

Testes servem para rastreio e vão ser feitos em articulação com laboratórios e centros de saúde. Caso sejam positivos, são encaminhados para os delegados de saúde.

É um projeto diferente na forma de rastreio: são feitos dois testes que são uma análise combinada de duas técnicas cujo resultado é analisado por fluxograma validado cientificamente pela ARS.

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), José Carlos Alexandrino, explica que os testes, "que servem principalmente de rastreio", vão ser "feitos por laboratórios e a retirada de sangue é feita por profissionais articulados com os centros de saúde".

Caso o resultado seja inconclusivo ou positivo, "há uma fase seguinte de articulação com os delegados de saúde para realizar testes de zaragatoa". Os dois testes custam 20 euros e o resultado sabe-se em entre duas a três horas.

No total são 19 os municípios que, a partir da próxima semana, vão passar a fazer testes Covid-19. Antes de entrarem ao serviço, os trabalhadores de lares, por exemplo, são testados para saber se estão infetados com coronavírus.

Os testes vão incidir em lares, agentes de proteção civil e trabalhadores autárquicos, num total de 15 mil utentes e 5000 profissionais. Destes, 3500 trabalham na área da saúde.

A iniciativa, apresentada hoje, começou em três concelhos da região de Coimbra. José Carlos Alexandrino faz um balanço positivo do novo método e destaca que nestes concelhos, até agora, "ainda não apareceram resultados positivos" para Covid-19.

Para a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o projeto vai ajudar a prevenir casos de Covid-19 porque "a região Centro concentra uma percentagem muito grande de instituições sociais". A iniciativa "tem a particularidade que os profissionais estão em casulo, ou seja, estão durante 14 dias a viver nas instituições, o que diminui o contágio", conclui.

Já foram encomendados 50 mil testes que chegam na segunda-feira para começar a fazer o rastreio. O projeto conta com o apoio dos laboratórios da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Coimbra.

Diana Craveiro