Porta-voz da polícia admite que há cada vez mais agentes feridos em situações que, "a priori, não ofereceriam grande risco".
A Polícia de Segurança Pública admite que o aumento do número de feridos entre os elementos da força policial está na origem do despacho que alarga o uso obrigatório do colete antibala e garante que vai haver equipamentos destes para todos os agentes.
À TSF, o porta-voz da PSP, Nuno Carocha, explicou que há oito novas situações em que os polícias estão obrigados a vestir estes coletes e, entre elas, estão casos de violência doméstica. O número de agentes feridos foi determinante para a decisão.
"Temos polícias feridos em situações de trabalho que, a priori, não ofereceriam grande risco", reconhece. Estas são situações que ocorrem foram de contextos de risco como "bairros e zonas problemáticas ou de grande tensão".
O despacho faz com que "os polícias ganhem consciência" de que, também nessas situações, precisam de precaver-se para garantir a "eficácia" na resolução das situações a que são chamados diariamente e aumenta também "o grau de proteção dos polícias para que não haja tantos feridos".
Esta quinta-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) avisou que não há coletes à prova de bala suficientes para responder às novas exigências. À TSF, o porta-voz da PSP assegura que vai haver coletes para todos.
"Estamos, em estrita coordenação com o ministério da Administração Interna, a preparar a aquisição de mais coletes", garante Nuno Carocha. O prazo para essa aquisição "já está definido" e o objetivo é que "todo o efetivo operacional e todo o efetivo da PSP tenha um colete distribuído".
"Temos tudo programado para atingir esse horizonte e para que todas as pessoas disponham desse meio que consideram essencial", sublinha,