8 maio 2009 - O ministro das Finanças explicou que a ajuda dada ao banco Finantia teve a ver com problemas de liquidez pontual. No Parlamento, PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP questionaram o ministro não só sobre a situação neste banco como também no BPP.
O ministro das Finanças garantiu que a ajuda dada ao banco Finantia teve apenas a ver com um problema de liquidez pontual «decorrentes da difícil situação vivida pelo sistema financeiro no ano passado».
«O Banco de Portugal, numa acção de emergência de liquidez, solicitou à Caixa Geral de Depósitos que cedesse a liquidez no âmbito do que os bancos têm entre si e a Caixa fê-lo por sugestão do Banco de Portugal, consultou o Governo que não se opôs a essa operação», explicou Teixeira dos Santos.
Num debate no Parlamento, e em resposta ao titular da pasta das Finanças, o deputado Honório Novo insistiu na ideia de que o Governo descura os apoios sociais, mas não falha no apoio à banca ao emprestar dinheiro ao banco Finantia.
O parlamentar do PCP pediu ao ministro para clarificar que apoio foi dado ao banco Finantia, perguntando depois se Teixeira dos Santos ia ou não «apoiar com mais dinheiro, com quanto e quando, o BPP».
O deputado Francisco Louçã mostrou-se também preocupado com a situação existente no BPP, isto depois de terem surgido notícias de que o dinheiro no banco teria servido para pagar «contas pessoas do banqueiro» João Rendeiro.
«Não se sabe aliás para onde foram os 450 milhões de euros. Quero perguntar-lhe onde estão. Cadê os 450 milhões de euros?», perguntou o deputado bloquista ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
«Até quando, qual o prazo, quando é que o Estado irá apresentar a solução», foi a pergunta dirigida pelo líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, questão que não teve resposta por parte do titular da pasta das Finanças.