Sociedade

SOS Racismo diz que autores de cartazes contra a polícia são alvo de discriminação social

Manifestação de milhares de pessoas contra o racismo, nas ruas de Lisboa Leonardo Negrão/Global Imagens

A SOS Racismo alega que, quando são forças de segurança, agentes da autoridade ou elementos da vida política a manifestar ideias contra "o Parlamento" ou "os ciganos", tal não é alvo de investigação criminal.

José Falcão, da SOS Racismo, acredita que abrir uma investigação para identificar autores dos cartazes onde podia ler-se "polícia bom é polícia morto" é mais um caso de discriminação social.

"Quando um polícia, GNR ou membro duma câmara municipal, diz que o Parlamento deve ser incendiado, tem direito à opinião. Quando a polícia e a GNR apelam à morte dos ciganos enforcados, presos ou desterrados têm direito à opinião. Mas, quando um ou dois cartazes aparecem com essas frases escritas, já é um crime." O ativista invocou o direito à liberdade de expressão para defender que os escritos nos cartazes envergados na manifestação antirracismo do Porto não constituem prática de crime.

Esta segunda-feira a PSP adiantou à TSF que já apresentou uma participação ao Ministério Público "e que estão em curso as diligências para identificar os portadores dos cartazes com dizeres que poderão consubstanciar crimes".

Catarina Maldonado Vasconcelos e Manuel Acácio