Política

Costa desafia esquerda para "entendimento sólido e duradouro". Rio ironiza e fala em "pedido de casamento"

António Costa durante o debate do Estado da Nação Mário Cruz/EPA

Pandemia, fundos europeus, economia, saúde, educação e imigração. Os principais protagonistas partidários debatem esta manhã o Estado da Nação.

Num ano político atípico e quando a política já deu sinais de desconfinamento, António Costa está, esta manhã, no Parlamento, para debater, durante cerca de quatro horas, o Estado da Nação.

Este é o balanço da primeira sessão legislativa com o PS a governar sem maioria e sem acordo firmado com os partidos da esquerda, como aconteceu na última legislatura.

Ainda assim, António Costa viu já aprovadas duas propostas de Orçamento: as contas para 2020 foram viabilizadas pela votação da esquerda parlamentar e para a aprovação do suplementar (devido aos efeitos da pandemia), foi significativa a abstenção do PSD.

A aproximação entre PS e PSD tem, aliás sido criticada pelos antigos parceiros de maioria à esquerda e levou mesmo ao primeiro voto contra do PCP (num Orçamento), desde que António Costa chegou ao Governo.

O debate abre com uma intervenção de António Costa, que poderá durar até 40 minutos, seguem-se as questões levantadas pelos partidos com PSD, PS, BE, PCP, CDS, PAN, PEV, Chega e Iniciativa Liberal.

Em estreia neste debate sobre o Estado da nação, a par com os novos partidos Chega e Iniciativa Liberal estão as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues (Ex-PAN).

No hemiciclo vão estar presentes todos os líderes partidários com a exceção de Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, que não é deputado.

Depois do debate, o encerramento cabe ao Governo devendo intervir um ministro, como aconteceu, no ano passado, em que interveio o então titular das Finanças Mário Centeno, hoje governador do Banco de Portugal.