Economia

Presidente do BCP defende a extensão das moratórias para alguns setores

O presidente do Banco Millennium BCP, Miguel Maya, e o papel das moratórias de crédito na resposta à crise LUSA

Miguel Maya considera que com um alargar das moratórias de crédito setores como o turismo podem ter maior capacidade para suportar o impacto imediato da crise. Este seria ainda, diz, uma forma de evitar novos apoios do Estado.

O Presidente do Banco Comercial Português (BCP) defende a extensão das moratórias de crédito para setores como o Turismo que vão ter mais dificuldades na retoma da crise provocada pela pandemia. Numa conferência da revista Vida Imobiliária e da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, Miguel Maya sublinha que desta forma seria possível evitar outras formas de apoio do Estado que agravem a situação das contas públicas.

"Uma das prioridades passar por estender as moratórias de crédito para alguns atividades", defende o banqueiro. "Ninguém compra as viagens não efetuadas ou as dormidas de hotel não verificadas", lembra, dando como exemplo o setor do turismo em Portugal.

Miguel Maya considera que as moratórias poderiam ser uma forma de evitar maior despesa do Estado em apoios, permitindo às empresas de alguns setores adaptarem-se à "nova normalidade", suportando o impacto da quebra de recitas. "Assim se assegura uma menor necessidade de apoios públicos suportados em apoios do Estado para não agravar as contas públicas", reitera sobre as moratórias.

O presidente do Millenium BCP acredita que o envelope financeiro da União Europeia vai ser um balão de oxigénio na economia. São mais de 83 mil milhões de euros, dinheiro que representa 4,8% da riqueza nacional nos anos 2021 a 2023.