Centro Circular

Torres Vedras tem programa municipal para reduzir consumo de plástico

Autarquia instalou fontanários para que as pessoas possam encher garrafas com água Câmara Municipal de Torres Vedras

Câmara está a promover o consumo de água da torneira em detrimento de água que venha engarrafada em plástico.

O plástico descartável é um dos problemas a que a economia circular pretende dar resposta. Neste contexto, é cada vez mais fundamental capacitar a comunidade para a sua redução, reciclagem e valorização. Em Torres Vedras, a autarquia está a desenvolver o Programa Municipal Zero Plásticos, no âmbito do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro, dinamizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Carlos Bernardes, presidente da câmara municipal, explica que todo o trabalho de "educação ambiental" está a ser feito através de "um conjunto de ações de sensibilização junto das comunidades", com oficinas e lançamento de concursos. O pacto inclui ainda saídas de campo realizadas sobre resíduos plásticos, que resultam depois em exposições. O autarca destaca a necessidade de haver "metas bem definidas, com ações programadas" para que surjam resultados e para que se possa também "trabalhar os indicadores na promoção da economia circular".

Uma das apostas da autarquia tem sido a promoção do consumo de água da torneira "em detrimento de água que venha engarrafada em plástico". Carlos Bernardes conta que durante a época balnear "foi instalado o "Salpico", a mascote em Torres Vedras", que, na prática, são "fontanários onde uma pessoa pode encher a sua garrafa com água".

Para o autarca, o Programa Municipal Zero Plásticos ganha especial relevância num contexto de capacitação da comunidade. "Este é o caminho: ter políticas educativas de educação ambiental para a economia circular, educação ambiental para a redução e transformação dos plásticos", garante.

Na Figueira da Foz, o lixo marinho é usado como alerta à população, uma área que ganha particular relevo tendo em conta que é um concelho com bastante área costeira. A ACIFF- Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz quer promover ações focadas neste tipo de lixo e na sua possibilidade de ser reutilizado. A entidade vai promover ações de limpeza de praias com o envolvimento da comunidade e dos empresários. Depois de recolhido, o lixo vai servir para decoração das montras que fazem parte da associação.

Outra das entidades que assinou o pacto com a CCDR Centro é a AECOPS - Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços, que quer capacitar empresas no seu setor de atuação para que passem a adotar práticas mais circulares. A entidade tem uma linha gratuita de apoio à gestão dos Resíduos de Construção e Demolição (RCD) que pode ser usada pelos associados da região Centro. Desta forma, as empresas passam a ter um suporte para que consigam escoar os resíduos que produzem, de forma a que possam ser reutilizados. Paralelamente, a associação vai fazer um caderno de boas práticas na gestão dos RCD e dinamizar ações de formação nesta área.