A operação Solidariedade Não Tem Idade decorreu de maio a setembro e contou com 2150 polícias no terreno.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) detetou 891 idosos em situação de risco social e encaminhou 508 para apoio urgente de instituições de solidariedade social. A operação Solidariedade Não Tem Idade, que decorreu de maio a setembro, colocou no terreno mais de 2150 polícias, que abordaram 6286 idosos.
Grande parte dos contactos foi feito através do telefone, à janela ou à porta de casa. "Tocávamos às campainhas e falávamos com as pessoas pelos intercomunicadores ou pelas janelas e só em alguns casos é que os agentes foram às residências e entraram nas residências com as pessoas, fazendo sempre o uso de equipamento de proteção individual", explicou Hugo Guinote, da PSP.
Em declarações à TSF, o intendente Hugo Guinote afirmou que os agentes da PSP estiveram atentos a sinais de risco como indícios de "demência, ferimentos, falta de higiene, acumulado de comida, medicação espalhada". "São situações em que nós percebemos que aquele idoso já não consegue de forma autónoma ser responsável pela sua saúde".
A PSP decidiu alargar o tempo da operação devido à pandemia, prevendo mais tempo dedicado ao contacto com os idosos.
"Em vez de termos momentos de 15 ou 20 minutos com cada idoso, os encontros prolongavam-se por uma ou duas horas. Numa altura de pandemia, em que havia uma maior carência de contacto e de relações de afeto, optamos por dilatar um pouco mais o prazo para darmos tempo para os nossos agentes poderem conversar um pouco mais com os idosos", sustenta.