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"Há esperança." Pela primeira vez, OMS admite vacina no final deste ano

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus AFP

Diretor-geral assume que "há esperança" na existência de um tratamento eficaz contra o novo coronavírus nos próximos meses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) admite que uma vacina contra o coronavírus pode estar pronta no final do ano. "Nós precisaremos de vacinas e há esperança que no final do ano possa haver uma vacina. Há esperança", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.

Esta é a primeira vez que a OMS assume que possa existir uma vacina contra o novo coronavírus já no final de 2020. Atualmente, há dezenas de vacinas em fases de testes em humanos e algumas já apresentaram resultados promissores.

O novo coronavírus terá infetado 10% da população mundial, cerca de 780 milhões de pessoas, muito acima dos 35 milhões de casos oficialmente confirmados desde o início da pandemia de Covid-19, admitiu a OMS na segunda-feira.

A estimativa foi avançada pelo diretor de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, que revelou também que a entidade já escolheu os membros da equipa internacional que vai investigar as origens da pandemia, embora não tenha adiantado uma data para o arranque dos trabalhos.

A origem do vírus é um dos temas que mais críticas trouxe à OMS na resposta à pandemia, nomeadamente dos Estados Unidos, que apontou o dedo à China e a uma excessiva proximidade da organização a Pequim.

A pandemia provocada pela Covid-19 já provocou a morte a mais de um milhão de pessoas. O novo coronavírus foi detetado em dezembro em Wuhan, na China. EUA, Brasil, Itália, Espanha, Reino Unido e Índia são os países mais afetados pela doença.

Desde o início do surto, em Portugal já morreram 2032 pessoas e mais de 81 mil testaram positivo ao novo coronavírus.