Os sindicatos da Educação não estão surpreendidos com os resultados de um estudo sobre o programa Novas Oportunidades. A FNE não quer que esta iniciativa seja uma forma rápida de atribuir certificados, ao passo que a Fenprof diz que a maior parte do que tem sido feito com este programa é propaganda.
Os responsáveis sindicais da área da Educação não ficarão surpreendidos com os resultados de um estudo da Universidade Católica sobre o programa Novas Oportunidades, em que se concluiu que os trabalhadores integrados na iniciativa não estão a obter os seus objectivos.
Para João Dias da Silva, da FNE, a falta de reconhecimento desta certificação de competências por parte dos empresários pode estar relacionada com a aparente falta qualidade do projecto, muito embora tenha reconhecido que este projecto é necessário e que tem de ser feito com «rigor e qualidade».
«Que esta iniciativa não constitua uma forma rápida de atribuir certificados e fazer crescer de uma forma meramente estatística o nível de qualificação dos trabalhadores portugueses. Creio que esse pode ser um facto de dúvida por parte de quem recebe as pessoas com estas certificações», acrescentou à TSF.
Mário Nogueira, da Fenprof, concorda com as declarações de João Dias da Silva e frisou a necessidade de um «investimento forte no programa de forma a que seja relevante», um desafio que entende que deverá ser para a próxima legislatura.
«Esta não conseguiu ir além do que fez e no que tem a ver com as Novas Oportunidades fez quase sempre propaganda e nunca mais que isso», concluiu este dirigente da Fenprof, também ouvido pela TSF.