Sociedade

Planear, planear, planear. DHL já testa distribuição das vacinas Covid-19

Hendrik Schmidt/AFP (arquivo)

É uma operação à escala planetária, que começou a ser planeada ainda no verão. Paulo Ferro, o especialista que lidera as Operações Globais de um dos maiores gigantes logísticos mundiais, explica como a empresa se preparou para que a vacina chegue aos quatro cantos do mundo.

Há alguns dias, desde 18 de novembro, que a DHL está no terreno a testar a forma como vai ser feita a distribuição das vacinas para a Covid-19. São voos de ensaio que estão a decorrer na Europa e nos Estados Unidos e que estão a correr bem, do ponto de vista da distribuição e entrega.

Mas Paulo Ferro sublinha que o transporte não é o principal obstáculo, já que a DHL tem capacidade para transportar tudo para qualquer lugar do mundo, em apenas 24 horas. Até mesmo a baixíssimas temperaturas, recorrendo ao chamado gelo seco ou neve carbónica, ou seja, dióxido de carbono em estado sólido.

O grande desafio é a larga escala da operação. E ter a certeza que, uma vez entregue, a carga - as vacinas, neste caso - chega efetivamente a quem mais precisa, ou seja, muitos milhões de pessoas em todos os países do mundo.

Este especialista, que trabalha há largos anos em logística, faz questão de sublinhar que, se depois de entregues as vacinas, não houver, no terreno, em cada país, o devido planeamento, elas podem não chegar às pessoas com a rapidez devida - ou nem chegar, de todo - e, se tudo falhar, será preciso recomeçar todo o processo do zero.

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