A quase maioria das empresas de alojamento responde ao INE que, num "eventual cenário de agravamento das condições pandémicas", vão à falência em menos de seis meses.
No inquérito do Instituo Nacional de Estatística (INE) sobre o acompanhamento do impacto da Pandemia nas Empresas, "90% das empresas manifestam um grau de preocupação elevado ou moderado face a um agravamento ou prolongamento das medidas de contenção da pandemia a implementar pelo Governo".
Quando questionado sobre o tempo estimado de subsistência das empresas num cenário de agravamento das medidas de contenção e de ausência de medidas adicionais de apoio, 42% do setor do Alojamento responde que consegue resistir 5,3 meses e "33% das empresas deste setor revelaram conseguir subsistir apenas até 6 meses num contexto de agravamento do cenário atual, o que compara com uma média em torno dos 11% nos restantes setores", destaca o INE.
Por outro lado, cerca de "85% das empresas deverão manter os postos de trabalho até ao final de 2020, enquanto 10% das empresas têm planos para a sua redução. Em 2021, 74% das empresas planeiam manter os postos de trabalho, sendo a percentagem que planeia aumentar e reduzir idêntica. No Alojamento e restauração, a proporção de empresas que planeia reduzir os postos de trabalho, quer até ao final do ano quer em 2021, ronda os 35%".
Em relação às expectativas de retoma "num cenário de controlo efetivo da pandemia em 2021, 34% das empresas consideram que a atividade já voltou ou voltará ao normal num intervalo médio de 9,8 meses", podemos ler no estudo.
Por fim, "apenas 8% das empresas tencionam recorrer aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência ("Next Generation EU"). Das restantes, 45% consideram que não existe ainda informação disponível suficiente para uma tomada de decisão".