Médicos admitem que há uma sobrecarga de chamadas para tentar marcar a toma da vacina e que os profissionais de saúde não têm resposta para dar aos utentes, por falta de informação.
O presidente da associação nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), Diogo Urjais, revela que, desde o anúncio do plano de vacinação contra a Covid-19, os centros de saúde têm recebido muitas chamadas com pedidos de agendamento para a toma da vacina.
Diogo Urjais não consegue precisar quantas chamadas já foram recebidas, mas nota que se tem sentido um grande aumento, numa altura em que os médicos têm ainda pouca informação para dar aos utentes.
"Há, obviamente, uma sobrecarga de chamadas", diz o presidente da USF-AN, alertando que esta situação pode levar a uma quebra da confiança dos utentes nos médicos, uma vez que "os profissionais têm poucas informações para dar".
"Essa é uma das nossas preocupações, a questão da informação", frisa Diogo Urjais, que refere que as unidades de saúde familiar já sugeriram "que fossem disseminados vídeos informativos para a população, em horário nobre, na rádio e na televisão, que explicassem verdadeiramente todo o processo, quem pertence aos grupos de risco e como vai decorrer o plano de vacinação, para que o utente saiba como há de agir".
Diogo Urjais adianta ainda que também os profissionais de saúde estão já a ser questionados quanto à sua vontade de tomar a vacina contra a Covid-19.
"A ARS Centro, por exemplo - aquela com que trabalho -, já solicitou aos profissionais que preencham uma tabela" se quiserem tomar a vacina", indica. "Estão a ser recolhidos os dados dos profissionais que querem que a vacina lhes seja administrada, e presumo que as outra ARS estejam a trabalhar da mesma forma", acrescenta.
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