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Médicos querem testar mais e mais rápido

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A máxima que sempre se ouviu durante a pandemia, - "testar, testar, testar", continua a fazer sentido mesmo com a campanha de vacinação contra a Covid-19 já em preparação. A convicção generalizada foi partilhada por médicos e técnicos especialistas que participaram no debate "Covid-19: A Estratégia dos Testes à Lupa". promovido pela TSF.

"Mesmo com a chegada da vacina, as medidas de controle têm de ser mantidas e até teremos de aumentar a capacidade de testagem, o que já tem vindo a acontecer", afirmou o pneumologista Felipe Froes, convidado na qualidade de coordenador do gabinete de crise Covid-19 da Ordem dos Médicos. O pneumologista citou o que está expresso numa das nomas da Direção Geral da Saúde sobre a expansão da política de rastreio de contactos e a própria Estratégia Nacional de Teste para Sars-Cov-2, em vigor desde novembro. Uma das novidades que o documento trouxe foi a orientação para aumentar a capacidade de testagem ao dispor dos profissionais de saúde com recurso aos chamados testes rápidos de antigénio que foram somados aos testes de diagnóstico moleculares, PCR, e aos serológicos.

Bernardo Gomes, médico de saúde pública, apontou a celeridade de obtenção de resultados como uma das grandes mais valias desse tipo de diagnóstico para melhor controlar o vírus. "Maior testagem, mais rápida e mais disseminada vai eliminar mais cadeias de transmissão".

Com a visão de médico infecciologista mas também política, o deputado do PSD, Ricardo Baptista Leite, citou estudos da Universidade de Oxford que indicam que Portugal está com uma percentagem de testes de 13,3% e por essa razão criticou o número de diagnósticos que considerou muito baixo comparativamente a outros países. "Os testes rápidos sendo significativamente mais baratos poderiam ser usados, todas as semanas, em lares e escolas para identificar potenciais surtos".

O deputado aproveitou também para defender a comparticipação dos testes sem a necessária prescrição médica.

Nesta iniciativa da TSF para debater a "estratégia dos testes à lupa" participaram também Alexandre Lourenço, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e a deputada Maria Antónia Almeida Santos, Presidente da Comissão Parlamentar da Saúde da Assembleia da República.