Miguel Guimarães defende também um plano estratégico para dar resposta aos doentes não covid em plena campanha de vacinação.
A Ordem dos Médicos considera "preocupante" o facto de ainda não haver uma inversão das cirurgias, rastreios e exames adiados e alerta para o facto de estes atrasos poderem aumentar a mortalidade no país.
"Cirurgias foram adiadas, rastreios de vários cancros ficaram atrasados, exames complementares de diagnóstico não realizados chegaram aos 18 milhões. Portanto, não estamos a ver uma inversão desta situação que é preocupante e pode ter consequências muito negativas na morbilidade de algumas doenças - como a diabetes, a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial - mas também na própria mortalidade", diz o bastonário dos Médicos no Fórum TSF.
Entrevistado pelo jornalista Manuel Acácio, Miguel Guimarães lembra que os estudos apontam para que "o número de pessoas que morreram quando comparando 2020 com 2019 foi bastante mais elevado, sendo que cerca de 75% das pessoas que faleceram foi por doença não covid".
Por isso, Miguel Guimarães defende também um plano estratégico para dar resposta aos doentes não covid em plena campanha de vacinação, alertando para o impacto que esse plano pode ter nos cuidados de saúde primários.