Mais de 50 milhões de britânicos vão ter de ficar em casa para conter o contágio no Reino Unido. Na segunda-feira, o país registou quase 60 mil novos casos de Covid-19.
Pela terceira vez desde o início da pandemia, a Inglaterra vai regressar ao confinamento total devido ao aumento recorde do número de casos de Covid-19 no país. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, numa comunicação ao país.
"Estamos de novo a mandar-vos ficar em casa e pedimos que só saiam para atividades essenciais", disse, acrescentando que escolas e serviços e comércio não-essencial estarão encerrados já a partir de quarta-feira.
Boris Johnson esclareceu que, apesar de as "escolas não serem inseguras, são vetores de transmissão, fazendo com que o vírus se espalhe entre os agregados familiares". Assim, milhões de alunos começam a ter alunas à distância já a partir desta terça-feira.
Sobre a nova estirpe que fez soar alarmes na Europa e no resto do mundo, Boris Johnson diz ser "alarmante e frustrante" pela rapidez como se propaga.
Com quase 60 mil novos casos e os hospitais à beira da rutura, o Reino Unido coloca cerca de 56 milhões de pessoas sob as medidas mais severas para conter a pandemia.
"Maior programa de vacinação da nossa história"
Em contraste com o recorde de novos casos de Covid-19, o primeiro-ministro, Boris Johnson, mostra-se satisfeito com o programa de vacinação em curso no país. "Há uma diferença enorme em relação ao ano passado: levamos agora a cabo o maior programa de vacinação da nossa história. Já vacinámos mais do que toda a Europa junta", enalteceu.
O líder do Governo britânico acrescentou que o Serviço Nacional de Saúde [NHS, na sigla em inglês] espera que a meio de fevereiro, "se tudo correr bem", que já todos os integrantes dos quatro grupos prioritários - todos os residentes e trabalhadores de lares, todos os maiores de 70 anos, todos os profissionais de saúde e todos os clinicamente vulneráveis - "estejam vacinados".
"Mesmo que o consigamos, lembro que há um atraso de duas a três semanas entre a toma da vacina e a obtenção de imunidade", alertou. "Se todos fizermos a nossa parte e obedecermos às regras, espero que possamos sair do confinamento e reabrir as escolas depois do meio de fevereiro", frisou Boris Johnson.