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Casa cheia nas discotecas de Wuhan, um ano depois do confinamento total

Discoteca Super Monkey, em Wuhan Hector Retmal/AFP

Na cidade onde tudo começou, já é possível passar uma noite na pista de dança sem distanciamento social.

Na cidade chinesa onde surgiu o primeiro caso de Covid-19 e durante várias semanas epicentro da pandemia, a vida volta lentamente ao normal. Quase um ano depois daquele que foi um dos confinamentos mais rigorosos do mundo, as discotecas voltaram a abrir esta semana.

Para entrar numa das maiores discotecas da cidade, a Super Monkey, é preciso usar máscara e ter uma temperatura inferior a 37.3ºC, medida à entrada, mas não há lugar para o distanciamento social na pista de dança.

Apesar de obrigatórias, as máscaras acabam por ser tiradas ou levantadas por quem está a dançar e quer beber, fumar ou simplesmente fazer-se ouvir sobre a música ao conversar com amigos, escreve a AFP.

Outros clubes noturnos exigem a quem quer entrar que comprove o seu status de saúde através de uma app. Vários jornalistas da AFP foram barrados à entrada de uma discoteca porque a aplicação mostrava que tinham estado em Pequim, onde se registou um ressurgimento de casos de Covid-19.

Na semana passada a China registou uma nova morte devido à Covid-19, depois de quase oito meses sem registar qualquer óbito causado pela doença. Há neste momento 1.674 pessoas infetados pelo coronavírus em todo o país.

Wuhan foi a primeira decretar o confinamento obrigatório dos seus 11 milhões de residentes e revelou-se inflexível na implementação de restrições. Durante 76 dias os habitantes não puderam sair de casa, mas desde maio de 2020 as medidas têm sido progressivamente aliviadas.

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