Sociedade

Depressão Justine prepara-se para atingir os Açores. Flores e Corvo sob aviso vermelho

Ondas podem chegar aos 9 metros Arun Sankar/AFP

Rajadas de vento podem chegar aos 140 quilómetros por hora nas ilhas do grupo ocidental.

As ilhas Flores e Corvo vão estar sob aviso vermelho entre as 21h00 desta quinta-feira (22h00 em Lisboa) e as 03h00 de sexta-feira, devido à passagem da depressão Justine pelo arquipélago dos Açores.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou as duas ilhas sob o aviso mais grave da escala - que corresponde a uma situação meteorológica de risco extremo - devido ao vento forte.

A meteorologista do IPMA Vanda Costa diz à TSF que as rajadas de vento poderão chegar aos 140 quilómetros por hora no grupo ocidental (Flores e Corvo) e 120 quilómetros por hora no grupo central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Faial e Pico).

Nas ilhas do grupo oriental (São Miguel e Santa Maria), os efeitos da depressão poderão não ser tão significativos, mas o vento vai ser também forte, com rajadas que podem chegar aos 100 quilómetros por hora.

Foram ainda emitidos avisos laranja devido ao agravamento da agitação marítima a partir do final do dia de quinta-feira e até à madrugada de sexta-feira. As ondas podem chegar aos nove metros nos grupos ocidental e central e até cinco metros no grupo oriental.

A Proteção Civil dos Açores recomenda à população que circule só em caso de necessidade, feche bem portas, janelas e persianas, e abrigue os animais.

Aconselha-se ainda a limpeza dos sistemas de drenagem e dos adjacentes às residências e que sejam guardados objetos soltos do jardim ou outros que possam ser projetados pelo vento.

Junto ao mar, está desaconselha a permanência nas áreas baixas junto da orla marítima e a prática de atividades aquáticas. As amarrações das embarcações devem ser reforçadas ou os barcos mudados para um local seguro.

Numa nota enviada às redações, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que "estão acionados os agentes de proteção civil da região necessários aos trabalhos para a resolução de eventuais ocorrências, considerando que a situação poderá implicar a adoção de medidas especiais".

Carolina Rico com Guilhermina Sousa