Política

"Não consigo dizer hoje que o SNS não está em rutura"

A ministra da Saúde, Marta Temido DR

Capa da revista Visão esta semana, Marta Temido fala do que correu mal no combate à pandemia e da "situação dramática" que o país enfrenta.

A ministra da Saúde, Marta Temido, garante, em entrevista à Visão, que o Governo continua a esforçar-se para equilibrar a necessidade sanitária de conter a transmissão da doença com a necessidade social de preservar postos de trabalho, mas não consegue negar que o Serviço Nacional de Saúde, neste momento, está em rutura. Na mesma entrevista, que vai para as bancas esta quinta-feira, a governante fala do que correu mal no combate à pandemia e da situação dramática que o país atravessa com o elevado número de contágios e óbitos.

"Não consigo dizer hoje que o SNS não está em rutura. O SNS tem várias unidades e algumas estão numa situação, felizmente, hoje de maior tranquilidade. Nos tempos mais recentes, tivemos um novembro muito pesado, no Norte, e estamos a ter um janeiro terrível, em Lisboa e Vale do Tejo. Uma procura de cuidados de saúde que reflete oito mil casos por dia é uma procura com a qual, com este tipo de necessidades, designadamente ventilatórias, temos muita dificuldade em lidar", explicou à Visão Marta Temido.

Prometendo combater a fraude nas vacinas contra a Covid-19, que se tem verificado um pouco por todo o país nos últimos dias, a responsável pela pasta da Saúde revelou que o Governo vai ter um relatório semanal para fiscalizar estas situações.

Nesta entrevista à Visão, Marta Temido confessa também recear que a pandemia não acabe e que há momentos em que os governantes se sentem impotentes, mas acredita que, no final do verão, 70% da população esteja vacinada, explica porque ganhou uma carapaça para fazer frente às críticas e de como pediu à sua família para fazer de conta que é "um avatar".

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