Os centros de estudo, à semelhança das escolas, tiveram de se adaptar e transferiram a sua atividade para o online. A pandemia trouxe quebras no negócio, em meados do ano passado, mas o retomar das aulas, no final do Verão voltou a trazer mais clientes. As falhas no ensino à distância terão sido as principais razões para os pais procurarem apoio para os filhos.
O último ano letivo terminou com quebras de oitenta por cento na Explicolândia. Com o regresso às aulas, a cadeia de centros de estudo dirigida por José Carlos Ramos conseguiu inverter o cenário.
"Depois de termos que encerrar todos os centros, neste momento toda a nossa atividade funciona online e conseguimos que sensivelmente 85 por cento transitassem para esse modelo".
Nos ciclos mais avançados, os pedidos de ajuda começaram logo no verão. "Foi logo em agosto, porque percebeu-se que as coisas não tinham corrido bem [no final do último ano letivo], tinha havido lacunas de aprendizagem e desde logo, antes até do início do ano letivo, houve pais que nos procuraram para fazer planos de revisões, para compensar todas as falhas que terão havido."
Poucos meses depois, a procura disparou na Explicolândia, "percebeu-se perfeitamente, durante as primeiras avaliações nos mês de outubro, logo, que tinha havido resultados que eram anormalmente baixos, comparativamente com o que acontecia há m ano atrás. Esse momento marcou uma viagem, porque a última avaliação presencial tinha acontecido em Fevereiro e Março. Ali foi feito um diagnóstico".
Sandra Romão, responsável pelos centros de estudo Da Vinci nota, sobretudo, que há cada vez mais confiança, "à semelhança do primeiro confinamento, agora temos mais experiência e estamos mais adaptados a este modelo".
As dificuldades de autonomia no apoio à distância têm afastado os alunos do primeiro ciclo... Os estudantes do 9º ao 12º são os que mais frequentes... Pelos exames e não só.
"Não há uma interrupção no apoio pedagógico, as famílias - os pais e alunos - percebem que é muito importante haver um trabalho de continuidade, para criar robustez nos conhecimentos adquiridos."
Quando as escolas reabrirem, os centros de estudo esperam que aconteça o mesmo. Até lá vai valendo a experiência que já ganharam em tempos de pandemia.