Desporto

Sérgio Oliveira faz de Costinha em Turim e FC Porto elimina Juventus da Champions

FC Porto's Portuguese midfielder Sergio Oliveira shoots a free kick to score his second goal during the UEFA Champions League round of 16 second leg football match between Juventus Turin and FC Porto on March 9, 2021 at the Juventus stadium in Turin. (Photo by Marco BERTORELLO / AFP) AFP

Médio foi o herói dos dragões numa noite europeia para a história. Juve de Ronaldo volta a cair nos oitavos da Champions. Veja os golos.

O FC Porto eliminou a Juventus em Turim e está nos quartos de final da Liga dos Campeões. Apesar da derrota (3-2) no jogo, os dois golos marcados em Itália garantiram um lugar nos quartos da Champions.

Dezassete anos depois da glória em Old Trafford, o FC Porto tinha em mãos uma tarefa igualmente difícil, desta vez perante a Juventus de Cristiano Ronaldo em Turim. Tal como em 2003, os dragões partiam para este encontro com vantagem, depois da vitória em casa por 2-1.

Antes do início do jogo, Sérgio Conceição teve boas notícias. O indiscutível capitão Pepe e Jesús Corona recuperaram dos toques que sofreram frente ao Gil Vicente e foram chamados à equipa inicial. Também Mbemba, que tinha tido um problema muscular, regressou ao centro da defesa.

Já do lado da equipa de Andrea Pirlo, o ex-Sporting Demiral fazia dupla no centro da defesa com Bonucci. No meio campo, Arthur juntava-se a Rabiot e Ramsey e, na frente de ataque, o espanhol Morata acompanhava Cristiano Ronaldo.

A primeira oportunidade do jogo pertenceu aos campeões italianos, com um cabeceamento de Álvaro Morata na área. Marchesín defendeu por instituto e negou o primeiro golo do encontro.

Os minutos iniciais ficaram marcados pela grande intensidade de ambas as equipas. Depois da ameaça da formação de Turim, o FC Porto não se escondeu e acreditou que podia marcar. Aos seis minutos, Zaidu roubou a bola a Cuadrado e cruzou para Taremi, que no meio da área rematou à figura de Bonucci. Na recarga, o avançado iraniano antecipou-se ao adversário e cabeceou à trave da baliza da Juventus.

A equipa de Pirlo mostrava alguma ansiedade no momento da decisão e o FC Porto aproveitou. Em contra-ataque iniciado pelo lado esquerdo, a bola rapidamente chegou à área. Corona serviu Taremi, que foi carregado em falta por Demiral.

O árbitro holandês Björn Kuipers assinalou grande penalidade a favorecer os campeões portugueses. Da marca dos onze metros, Sérgio Oliveira não falhou e marcou um golo importante para os dragões.

A Juventus sofria com a desvantagem na eliminatória e o FC Porto usava isso a seu favor, mostrando grande personalidade em campo. Os laterais estavam a ter uma noite interessante, com destaque para Zadiu, que vencia praticamente todos os duelos com Cuadrado no lado esquerdo. Já defensivamente, os dragões mostravam um bloco bastante organizado, deixando o adversário sem linhas de passe no último terço.

Ao contrário do que aconteceu nos primeiros minutos do primeiro tempo, na segunda parte, Marchesín não conseguiu negar o golo da Juventus. Os campeões italianos empataram a partida por intermédio de Chiesa, após uma jogada de três toques. Bonucci abriu para Ronaldo, que fez o "amorti". Chiesa não falhou e colocou a bola no ângulo da baliza portista.

O jogo tornou-se muito complicado para o FC Porto, quando aos 53 minutos, Taremi viu o segundo cartão amarelo e consequente cartão vermelho. O avançado iraniano pontapeou a bola quando o jogo já estava parado e o árbitro Björn Kuipers não perdoou.

A Juventus era uma equipa diferente nesta segunda parte e, em novo lance de perigo, Pepe negou o bis a Chiesa. O avançado italiano fugiu à marcação de Corona, tirou Marchesín do caminho, mas o capitão do Porto fechou a baliza azul e branca, para desespero dos bianconeri.

O golo não tardou e, perante a pressão da Juventus, apareceu aos 63 minutos. Cuadrado levantou a bola para área e, sem oposição, Chiesa cabeceou para bisar na partida.

Sérgio Conceição não gostava do que via em campo e mudou o sistema tático para três defesas, lançando Malang Sarr para o lugar de Otávio. Até ao final do jogo, o FC Porto não criou quaisquer oportunidades de golo. Pelo contrário, Chiesa era o homem mais perigoso da Juventus, com vários lances construídos a partir do lado esquerdo do ataque.

Nos descontos, a Juventus teve nova oportunidade para colocar-se na frente da eliminatória, com um remate de pé esquerdo de Cuadrado que bateu com estrondo na barra da baliza de Marchesín. Com a eliminatória empatada, o lugar nos quartos de final tinha de ser decidido com tempo extra.

Na primeira parte do prolongamento, o FC Porto defendeu o empate na eliminatória, sobretudo, com coração perante uma Juventus que se instalou na área de Marchesín. Aos 10 minutos, Cristiano Ronaldo caiu na área, mas o árbitro nada assinalou.

Na segunda parte, os o FC Porto sonhou com o apuramento. Sérgio Oliveira foi carregado em falta à entrada da área e o árbitro marcou livre. O médio internacional português acreditou e foi feliz, marcando o golo que dava o apuramento.

Mas a Juventus não desistiu. Na sequência de um canto, Rabiot voltou a dar esperança à equipa italiana. O golo foi insuficiente para anular os dois tentos dos dragões, que assim garantiram um lugar nos quartos da Champions.

Onze da Juventus: Szczesny; Cuadrado, Bonucci, Demiral, Alex Sandro; Chiesa, Rabiot, Arthur, Ramsey; Morata, Cristiano Ronaldo.

Suplentes: Pinsoglio, Buffon, Chiellini, de Ligt, Di Pardo, Dragusin, Frabotta, McKennie, Bernardeschi, Kulusevski, Fagioli.

Onze do FC Porto: Marchesín; Manafá, Pepe, Mbemba, Zaidu; Sérgio Oliveira, Uribe, Otávio, Corona; Marega, Taremi.

Suplentes: Diogo Costa, Diogo Leite, Nanu, Sarr, Loum, Grujić, Fábio Vieira, Luis Díaz, Felipe Anderson, Toni Martínez, Evanilson, Francisco Conceição.

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)