Nova reunião entre governo, TAP e Pasogal foi inconclusiva. Casimiro não desiste da solução das ações dadas como garantia de um empréstimo. Aumento de capital só com avaliação de 2018 atualizada com efeitos Covid.
Duas horas e meia não foram suficientes para desbloquear o impasse na Groundforce. O governo e a TAP reuniram com o acionista principal da empresa de assistência aeroportuária na noite passada, mas o encontro foi "inconclusivo", sabe a TSF.
As três partes acordaram no entanto que a administração da transportadora aérea ficou de avaliar dois aspetos. Por um lado, a proposta da Pasogal de Alfredo Casimiro, que insiste que um aumento de capital leve em linha de conta a avaliação da empresa feita em 2018, atualizada com os efeitos da pandemia. Por outro, o acionista privado insiste que a sua proposta inicial (de entrega das ações como garantia para receber da TAP um empréstimo de dois mil milhões de euros) "é a que de forma mais rápida resolve o problema do pagamento dos salários aos trabalhadores" e por isso ela "tem estado a ser trabalhada com o Montepio [...] no sentido de satisfazer a exigência de constituir o penhor de forma imediata". Além disso, o acionista privado da Groundforce realça que "prometeu um penhor que só seria constituído se e quando viesse o empréstimo com aval do Estado, que é o que de facto resolve o problema", sendo essa a mensagem "que a Pasogal está a dizer ao governo desde julho".
Alfredo Casimiro insiste que "o aumento de capital, qualquer que seja a metodologia de valorização da empresa, carece sempre de autorizações de entidades nacionais e europeias", sendo "a forma que demora mais tempo a libertar dinheiro para o que é mais urgente: pagar aos trabalhadores".
Na reunião o governo fez-se representar por um assessor.