Prazo para trabalhadores aderirem às medidas voluntárias termina nesta quarta-feira. A TSF sabe que as candidaturas recebidas podem não ser suficientes para evitar despedimentos.
Quase 800 trabalhadores da TAP candidataram-se às medidas voluntárias para reformas antecipadas, pré-reformas, rescisões por mútuo acordo, licenças sem vencimento e trabalho em tempo parcial.
O número foi apurado pela TSF, que sabe também que mesmo que sejam atingidas as 800 candidaturas (número apontado como meta para a redução de pessoal a atingir), isso por si só não garante que a empresa não avance para um despedimento coletivo.
Em causa estão vários fatores: por um lado, as candidaturas não podem ser consideradas saídas efetivas; quando um trabalhador manifesta a intenção de aderir, a companhia pode recusar.
Por outro, a TSF sabe também que tudo depende não apenas do número de candidaturas em geral, mas da adesão a cada uma das medidas, que não resultam todas no mesmo grau de poupança. No caso das reformas antecipadas e pré-reformas, a dimensão das candidaturas começou por ficar abaixo do antecipado, tendo mesmo havido trabalhadores que, depois de candidatarem-se, voltaram atrás na decisão.
Esta evolução levou a companhia a avançar - já o programa estava em curso - com um incentivo extra, noticiado pelo ECO e confirmado pela TSF: o pagamento de 12 salários para compensar a aplicação do fator de sustentabilidade da Segurança Social.