O secretário-geral da ONU diz querer "forjar um caminho para a paz e mais próspero" e não tem dúvidas que "esta transformação tem que ver com a solidariedade social".
"As tarefas que nos esperam são colossais." O secretário-geral da ONU agora reconduzido referiu-se a este "momento tão crítico" em que decorre a sua posse para o segundo mandato. "Estamos numa encruzilhada. Estamos a escrever a nossa História. Podemos falhar e viver uma crise perpétua."
No entanto, Guterres garante que é possível renovar valores como a solidariedade, contra a crise: "Há razões para termos esperança. Prometo-vos fazer tudo o que estiver ao meu alcance".
O alto responsável fala destes "18 meses únicos na História da ONU", numa altura em que "o mundo fez frente a uma das maiores crises da História das Nações Unidas". Mais de 55% da população mundial está sem qualquer proteção, e a pobreza vai provavelmente aumentar, ao contrário daquela que tem sido a tendência nos últimos anos, assinala António Guterres.
Guterres aproveitou para lembrar que os países frágeis sofrem com as fissuras do sistema internacional, pelo que a retoma tem de ser mais igualitária.
O secretário-geral da ONU frisou que há ainda as velhas crises a que dar resposta: as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a ausência de regulação no ciberespaço. Durante a pandemia, houve um recuo nos progressos, mas Guterres quer que o mundo tire "partido desta crise", levando a cabo uma "retoma justa, verde e sustentável para responder aos problemas mundiais".
"A melhoria contínua tem de ser a norma", disse, exemplificando com a adaptação dos trabalhos da ONU, que edificou umas Nações Unidas 2.0, em que a transformação digital e cultura de trabalho que elimina burocracia desnecessária são práticas. "Tiremos partido deste momento juntos", exortou o alto responsável, que assegurou que irá "manter as promessas vivas".
Falando ainda sobre os jovens, Guterres pediu que os jovens sejam ouvidos, enquanto "alavancas para a mudança". O secretário-geral da ONU diz querer "forjar um caminho para a paz e mais próspero" e não tem dúvidas que "esta transformação tem que ver com a solidariedade social".
"A igualdade tem de começar agora. As vacinas têm de estar disponíveis para todos. Há demasiadas assimetrias e paradoxos." É contra a desigualdade que Guterres assume o seu "compromisso sem tréguas".