Por mais que o Presidente da República ensaie um afastamento em relação à estratégia adotada pelo governo, no fim acaba por fazer declarações públicas para nunca chegar a romper. Marcelo não queria o país a recuar, mas ele recua e Marcelo o que vê é Portugal a tomar balanço. Como se quisesse convencer-se a si próprio que o governo o ouviu e está à procura de uma alternativa.
O que é preciso é convencê-los a testar mais vezes, para ter a pandemia controlada naquelas faixas etárias, e isso faz-se premiando a responsabilidade, dando-lhes mais liberdade de circulação, conferida por um certificado digital.
Mas a receita que o governo nos dá é exatamente a mesma de sempre. O fato pode ser liso ou às riscas, preto ou de cor, mas é sempre um fato. Estamos de regresso ao confinamento. Para já, a partir das onze da noite, aquela hora a que uns seres estranhos, e a que chamamos jovens, costumam conviver com mais alegria, até porque há um hábito, que tem passado de geração para geração, e que consiste em dormir até ao meio-dia. Quando se é jovem. Nada que o confinamento nocturno não possa ajudar a alterar, até porque uma característica dos mais jovens é a sua grande capacidade de adaptação.
Os jovens são como o vento que não se pára com as mãos. O que é preciso é convencê-los a testar mais vezes, para ter a pandemia controlada naquelas faixas etárias, e isso faz-se premiando a responsabilidade, dando-lhes mais liberdade de circulação, conferida por um certificado digital.
Estamos de novo a andar para trás como o caranguejo, mas ouvindo Costa e Marcelo ficamos com a sensação de que "Portugal não recua, ganha balanço"!
Nunca é demais insistir, até porque se pode dar o caso de alguém com responsabilidades ouvir e mudar o comportamento. Presidente da República e primeiro-ministro, cada um com o seu exército de especialistas, a dizerem coisa diferente, não ajudam a que os portugueses se mantenham unidos para vencer esta pandemia. Sim, andamos todos cansados de ver os números a subir, depois a descer, para voltarem a subir. E nós a confinar, depois a desconfinar, para voltar a confinar. Mas o que ainda cansa mais é ver tanta incapacidade de pensar este combate a médio prazo. Estamos de novo a andar para trás como o caranguejo, mas ouvindo Costa e Marcelo ficamos com a sensação de que "Portugal não recua, ganha balanço"!