A decisão do Governo desencadeou a revolta de Carlos Chaves Monteiro, presidente da Câmara da Guarda, que vê na medida uma promoção do colapso do interior.
O Governo abriu 1073 vagas para novos médicos em todo o país. O hospital da Guarda pediu 45, mas o Ministério da Saúde atribuiu apenas sete à instituição de saúde.
A decisão do Executivo motivou a revolta de Carlos Chaves Monteiro, presidente da Câmara da Guarda, que vê na medida uma forma de promover o colapso do interior. "O Governo diz que não quer abrir vagas. O Governo, por incompetência ou por uma decisão deliberada de desclassificar o Hospital da Guarda, tomou uma decisão injusta, discriminatória, indigna para as nossas populações, e que não faz justiça a um tratamento igual para cidadão do interior e cidadão do litoral."
Chaves Monteiro dá o exemplo de Castelo Branco e Viseu, que conseguiram mais do triplo das vagas do hospital da Guarda. O autarca vê a distribuição de médicos determinada pela Tutela como uma "clara discriminação, uma evidência de que o Governo quer desclassificar o hospital da Guarda e não olha às reais necessidades que o hospital da Guarda tem".
"Temos médicos que estudaram na Guarda e querem voltar à Guarda mas não há abertura de vagas", lamenta Carlos Chaves Monteiro, em declarações à TSF. O presidente da Câmara da Guarda vai pedir uma audiência ao Presidente da República para tentar reverter a decisão do Governo.