Na sondagem da Aximage para TSF-JN-DN, os inquiridos dão razão ao Presidente que quer ver alterada a matriz de risco, mas concordam com o isolamento profilático do primeiro-ministro. A maioria considera "boa" a relação entre os dois.
Existe um apoio maioritário às restrições que têm marcado a vida dos portugueses, sobretudo ao fim de semana: 83% consideram que devem ser mantidas; 17% respondem que não.
No entanto, fica claro que para 65% dos inquiridos é "ineficaz" a fiscalização destas medidas de restrição. Até mais de metade dos eleitores socialistas partilham desta crítica. Apenas 35% dos inquiridos consideram que a fiscalização tem sido eficaz.
Convictos do bom relacionamento entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, os inquiridos desta sondagem dividem-se no apoio entre Marcelo e Costa consoante os assuntos.
Quando se pergunta se quem tem razão é Marcelo quando defende a alteração da matriz de risco, ou se é Costa que prefere, para já, manter tudo como está, quase metade dos inquiridos (48%) dão razão ao Presidente. Estão, neste caso, eleitores de todos os partidos e no caso do PS, existe um empate: 35% para cada lado.
Mas quando a pergunta incide sobre se António Costa fez bem em estar em isolamento profilático, apesar de estar vacinado, depois do contacto com o homólogo luxemburguês que testou positivo, mais de metade (53%) concordam e são 30% aqueles que apoiam as dúvidas do Presidente.
Divergências à parte, a sondagem mostra que para mais de metade dos inquiridos a relação entre Marcelo e Costa continua positiva. Para 43% é "boa" e para 9% é "muito boa", com destaque para a esmagadora avaliação positiva daqueles que dizem votar no PS, 33% respondem "nem boa, nem má" e 7% dizem que é "má".
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF-JN-DN , com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a gestão da pandemia. O trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 12 de julho. Foram recolhidas 763 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,5%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de José Almeida Ribeiro.