Sociedade

"Revoltados e injustiçados." Enfermeiros entregam assinaturas em defesa da progressão na carreira

André Luís Alves/Global Imagens (arquivo)

Direção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses defende que "está nas mãos do Governo e do CHULC reconhecer o esforço e a dedicação" dos profissionais.

A direção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses entrega, esta sexta-feira, ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) um abaixo-assinado com mais de 700 assinaturas. No documento, os enfermeiros da instituição pedem para ser valorizados.

"Numa altura em que os enfermeiros são reconhecidamente fundamentais para o país é incompreensível que continuem a ser injustiçados e desvalorizados. Está nas mãos do Governo e do CHULC reconhecer o esforço e a dedicação destes profissionais", diz o sindicato em comunicado.

Isabel Barbosa, coordenadora do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), em Lisboa, dá conta da indignação dos profissionais de saúde, referindo que se sentem "revoltados e injustiçados".

"Temos enfermeiros especialistas que neste momento estão a auferir menos que enfermeiros generalistas" e acrescenta que existem "enfermeiros chefes, que transitaram para enfermeiro gestor e viram eliminados uma série de anos de serviço, pelo menos desde 2004 e até ao momento".

A coordenadora, em declarações à TSF, também acusa o Governo. Numa crítica direta a António Costa, Isabel Barbosa, diz que não se compreende as promessas do "candidato António Costa", que quer "resolver os problemas dos enfermeiros e que considera uma injustiça a não atribuição dos pontos por efeitos de produçã​​​​​​​o, mas o mesmo António Costa, primeiro-ministro, nã​​​​​​​o resolve o problema".

"Nós estamos a falar do Governo que está em funções há três anos e o que diz é que, neste momento, quer resolver o problema dos pontos. Pode fazê-lo, está em funções", conclui a coordenadora do SEP, em Lisboa.

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, que integra, por exemplo, os hospitais Curry Cabral, São José e dos Capuchos, tem cerca de 2800 enfermeiros.

TSF e Lusa