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Segunda ronda negocial esta quinta-feira, caças russos violam espaço aéreo sueco e outros destaques TSF

Justin Lane/EPA

Esta quarta-feira também foi destaque a estimativa de Graça Freitas sobre o possível abrandamento das medidas da Covid-19 na primavera.

Durante esta quarta-feira, ficou conhecido, através da delegação russa responsável pelas negociações de paz com a Ucrânia, que a segunda ronda negocial está marcada para esta quinta-feira de manhã. O encontro vai voltar a realizar-se na Bielorrússia junto à fronteira com a Polónia.

Quatro caças da Força Aérea russa invadiram, esta quarta-feira, o espaço aéreo sueco. Os aviões militares foram avistados na zona este da ilha de Gotland, no Mar Báltico e o chefe da Força Aérea sueca, Carl-Johan Edstrom referiu que levou "a situação muito a sério".

Durante o dia, a assembleia-geral da ONU também aprovou uma resolução que condena a invasão russa da Ucrânia, com o apoio de 141 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas. A resolução teve apenas cinco votos contra Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia e 35 abstenções. Portugal votou a favor.

Em pleno conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a TSF esteve numa das caves dos prédios residenciais de Lviv que estão transformadas em abrigos subterrâneos. A população retirou tudo o que se acumula nesses espaços e transformou-os em lugares de abrigo. Em Lviv, a Reportagem TSF também esteve no edifício do Museu de Artes de Lviv, que se transformou numa fábrica de redes de camuflagem para a linha da frente da população ucraniana.

Antes da votação que aprovou a resolução que condena a invasão russa da Ucrânia, Vasily Nebenzya, embaixador russo na ONU, justificou as invasões ao país vizinho com o "neonazismo" e as "organizações nacionalistas que estão a crescer" entre os ucranianos.

Um pouco antes, foi a vez de Sergiy Kyslytsya falar de um momento que "define uma geração" na assembleia-geral da ONU da tarde desta quarta-feira. O diplomata ucraniano defendeu que a "atos agressivos de guerra" não são aceitáveis para resolver quaisquer problemas que uma nação possa ter.

Nos mais recentes dados de baixas devido à tensão entre a Rússia e a Ucrânia, Kiev avançou que as tropas russas mataram mais de 2000 civis desde o início da invasão. Por sua vez, um porta-voz do ministério da Defesa da Rússia anunciou esta quarta-feira que 498 homens russos foram mortos em combate na Ucrânia, enquanto 1597 ficaram feridos.

Depois da Ucrânia, foi a vez da Geórgia pedir "imediatamente" a adesão à União Europeia. O presidente do partido Sonho Georgiano, Irakli Kobakhidze, avançou numa conferência de imprensa a decisão da Geórgia "de fazer imediatamente o ato de candidatura para a entrada na União Europeia (UE)".

Numa curta declaração durante a a assembleia-geral da ONU, António Guterres reagiu à aprovação da resolução que condena o ataque da Rússia à Ucrânia, que promete agora seguir. "A mensagem é clara: terminem com as hostilidades na Ucrânia, silenciem as armas agora, abram a porta ao diálogo e diplomacia agora", apelou o secretário-geral da ONU.

Durante esta quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez "um apelo à paz", reiterando o apoio de Portugal no acolhimento de refugiados ucranianos. À margem de uma iniciativa em Odivelas, Marcelo apelou à "esperança no sentido do apelo à paz, no diálogo, à convergência e ao entendimento".

Sobre a Covid-19, Graça Freitas estimou que a situação epidemiológica da Covid-19 melhore na primavera, possibilitando um abrandamento das medidas de combate à pandemia em Portugal. Contudo, admitiu que nos próximos invernos seja necessário ir dando uns passos atrás nas medidas de proteção, fazendo regressar algumas, e que em muitos casos nem vai ser preciso recomendações oficiais para isso acontecer.