Sociedade

A (falta de) transparência na relação com os grupos de interesse

António Pedro Santos/Lusa (arquivo)

Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos faz um diagnóstico exaustivo sobre as relações dos grupos de interesses com o Parlamento, o Governo e a comunicação social. O Governo é o menos transparente.

Em Portugal, os grupos de interesse são cada vez mais profissionalizados e a relação com o governo é a menos transparente, comparando com o parlamento e a comunicação social.

O investigador Marco Lisi, que coordenou para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, um estudo exaustivo sobre a atividade dos grupos de interesse em Portugal, explica na TSF que é cada vez mais normal assistir à institucionalização de movimentos sociais que começaram por ser inorgânicos.

Marco Lisi entende que o sistema português de produção de leis é mais permeável à participação dos grupos de interesse do que noutros países, sem que isso signifique que o resultado final reflita a intervenção desses grupos.

Neste estudo, há uma definição de grupos de interesse que distingue da atividade do lobi, ou de outros grupos de pressão, ligados a grandes multinacionais.

O investigador refere, neste estudo, que é pouca a participação dos portugueses na vida associativa.

O estudo chama-se "Os grupos de interesse no sistema político português", e pode ser lido aqui.

Nuno Domingues