O lendário faraó Tutankamon, que teria morrido misteriosamente há mais de três mil anos, faleceu de malária associada a uma infecção óssea, segundo um estudo divulgado esta terça-feira nos Estados Unidos.
Os especialistas julgavam que o faraó tinha morrido devido a uma doença hereditária, porque morreu apenas com 19 anos, mas afinal terá morrido de malária associada a uma infecção óssea.
As conclusões fazem parte de um estudo realizado entre 2007 e 2009 pelo Museu do Cairo que procurava estabelecer uma relação hereditária entre dez múmias da família real egípcia e o próprio Tutankamon.
Zahi Hawass, um dos autores do estudo, revela, na edição desta quarta-feira do jornal da Associação Médica Americana, que os resultados permitiram descobrir que uma circulação sanguínea insuficiente dos tecidos ósseos, ocorrida após uma fractura, aliada à malária, foi a causa mais provável da morte do faraó.
O arqueólogo, que estuda as antiguidades egípcias há cerca de 40 anos, escreve que o diagnóstico pôde ser estabelecido graças aos exames genéticos, que revelaram uma série de más formações nas múmias da família de Tutankamon, como a doença de Köhler que destrói células ósseas.
Para sustentar a tese, Zahi revelou ainda que as análises a quatro dessas múmias, incluindo a do faraó, denunciaram também a presença de três genes vinculados a um parasita responsável pela malária.