Sociedade

"Situação é grave." Incêndio em Palmela obriga a evacuar casas e centro social

As maiores dificuldades agora são os ventos e o intenso calor Duarte Drago/Lusa

Centro Social de Palmela já foi evacuado por precaução e o vice-presidente da câmara garantiu à TSF que os bombeiros têm todos os meios estão disponíveis.

O vice-presidente da Câmara de Palmela, Luís Miguel Calha, revelou que as chamas continuam na encosta do Castelo, mas a situação aí está agora mais controlada, apesar de continuar a ser grave.

"A situação é grave. Posso adiantar-lhe que as chamas continuam nas encostas do castelo e temos vindo a verificar várias frentes de incêndio, quer pela Serra do Louro quer pela Serra dos Barris, em direção também à localidade de Quinta do Anjo e na estação de Palmela. Além da vila e da serra que a rodeia há prolongamento das chamas por várias frentes de incêndio com este vento forte e calor que se faz sentir", explicou à TSF Luís Miguel Calha.

Neste momento, o Centro Social de Palmela já foi evacuado por precaução e o autarca garantiu que todos os meios que estão disponíveis.

"A Câmara Municipal tem todos os meios ao dispor dos bombeiros. Temos aqui bombeiros das três corporações do concelho e várias outras corporações de todo o país, com meios aéreos. Já foram feitas evacuações em algumas habitações e num centro social. Foram feitas em total segurança, as pessoas estão bem", acrescentou o vice-presidente da Câmara de Palmela.

Luís Miguel Calha afirmou que as maiores dificuldades agora são os ventos e o intenso calor. O vice-presidente da Câmara de Palmela revelou também que as principais estradas no acesso à vila estão cortadas, sobretudo a Estrada Nacional 379 e 252, em vários troços.

Neste momento estão a combater este fogo 308 bombeiros, apoiados por 74 veículos e dois meios aéreos. Há também várias empresas da região a disponibilizarem meios próprios para ajudarem, de forma direta ou indireta, no combate ao incêndio.

Portugal continental está em situação de contingência até às 23h59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

A maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Miguel Laia com Cátia Carmo