O trajeto de dois quilómetros na A1 parece não ter fim e os minutos infindáveis ficaram registados em vídeo.
Esta quarta-feira ficou marcada pelos incêndios em todo o país. Ao final da tarde, um repórter da TSF foi apanhado de surpresa pelo fogo que cortou a A1, tendo sido um dos últimos carros a circular naquele troço. Veja o vídeo.
Na atualização diária da Proteção Civil, o comandante nacional, André Fernandes, anunciou que todo o território nacional passará para aviso vermelho. Os incêndios já fizeram 135 feridos.
O presidente dos Bombeiros de Palmela, Octávio Machado, criticou, em declarações à TSF, a chegada demasiado tardia de um avião ao combate ao fogo que lavra no concelho. Octávio Machado questionou ainda a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar: "Como teve coragem de negar o reforço de meios aéreos em Palmela?"
Ainda em Palmela, quatro bombeiros do Montijo ficaram feridos a combater o fogo no concelho. As chamas atingiram um autotanque.
Os moradores de Palmela foram aconselhados pelas autoridades a preparar uma mala para o caso de ser necessário abandonar as casas.
Na Quinta do Lago, no Algarve, um incêndio atingiu duas casas junto a um campo de golfe. O vento forte que se sentia dificultou o trabalho aos bombeiros, que não conseguiram evitar que as chamas cegassem às habitações.
Esta quarta-feira foi um dia também marcado pelo calor que se fez sentir de norte a sul, especialmente na Lousã onde se atingiram os 46,3 ºC. Seguiram-se Santarém (46,2 ºC), Amareleja (45,6 ºC), Mora (45,4 ºC), Alvega (45,2 ºC) e Reguengos (45,1 ºC).
No combate às chamas, um Canadair sofreu uma avaria e foi forçado a amarar no Lago Azul, em Ferreira do Zêzere. A aeronave sofreu uma avaria no motor.
Por causa das chamas, 778 pessoas tiveram de ser retiradas de casa pela Proteção Civil e há registo de pelo menos 23 habitações afetadas pelos incêndios.
No PSD, está eleito o novo líder parlamentar do partido. A concorrer em lista única, conseguiu 59% dos votos.
O antigo presidente angolano José Eduardo Dos Santos quis ser ouvido pela à Procuradoria-Geral da República no processo contra os generais "Dino" e "Kopelipa". Sem resposta, acabou por prestar depoimento escrito.