O Presidente da República disse, esta terça-feira, querer ver na visita que vai realizar quarta-feira à Madeira «a dimensão que parece enorme» da «tragédia» que aconteceu na região no sábado.
«Vou inteirar-me da situação na visita que amanhã [quarta-feira] vou fazer à Madeira, não apenas no que diz respeito às pessoas que estão desaparecidas, mas também no que respeita à reconstrução, ao apoio às populações, àqueles que estão desalojados», afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas no final da inauguração de uma exposição no Museu da Politécnica, em Lisboa. Por isso, acrescentou, irá se deslocar ao «terreno».
«Eu próprio quero ver a dimensão, que parece ser enorme, do desastre, da tragédia que atingiu a Madeira», declarou.
O temporal que assolou a ilha da Madeira no sábado causou, segundo o último balanço do Governo Regional, 42 mortos e 600 deslocados, tendo destruído centenas de habitações e provocado o caos na Baixa do Funchal.
Entretanto, Paulo Portas, líder do CDS-PP, que se deslocou à Madeira esta terça-feira, disse esperar que não haja um aproveitamento politico por parte dos partidos nesta situação, apelando a todos para o sentido de Estado.
«Acharia sinistro que alguém começasse uma discussão política neste momento, porque em momentos de tragédia não há governo nem oposição», mas «uma só nação», defendeu.
Para Paulo Portas, «neste momento ser nação portuguesa é olhar para a Madeira e ser solidário com os madeirenses», tentando encontrar as melhores soluções para a região, quer a nível regional, nacional e europeu.